domingo, 5 de fevereiro de 2012

PS: Sonho vs. Realidade


Para aqueles que a vida não consegue tratar bem, sonhar é como um refúgio, um lugar para ter seus desejos realizados, ainda que sejam impossíveis. Quando se fecha os olhos, a esperança cresce e a ansiedade por vida, por experiências, mesmo que irreais, é quase sufocante.
Sonhos são sempre tratados como algo bom, como a luz em meio à escuridão. Mas a verdade é que nem sempre essas fantasias vêm para o nosso bem. E não digo pesadelos, mas sonhos mesmo, aqueles sorridentes, cheios de amor, fogos de artifícios e corações palpitantes. Porque, no fim das contas, muitos deles só conseguem nos colocar para baixo. Tristes porque acordamos. Tristes porque não é verdadeiro. Aflitos por uma nova rodada de esperança.
Esquecemos que a vida é aquela que começa quando nossos olhos se abrem. Que os sonhos são levados embora, com apenas um sopro de realidade. Mas as lembranças de verdade ficam. Marcam. São como tatuagens – uma vez feitas, são quase impossíveis de remover. Podemos deixá-la se apagar aos poucos, mas ela não sumirá totalmente. Podemos cobri-la com uma nova, mas ela estará sempre lá. Esperando ser notada.
E quando nossa vida é baseada em sonhos, não há o que se recordar. Não há nada para se sentir orgulhoso de, ou se arrepender e nunca mais repetir. O tique-taque do relógio não nos deixa voltar atrás para recuperar esse tempo perdido. O melhor a se fazer, então, é acordar agora e deixar os sonhos para nos motivar – e não nos depreciar.

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