Discussões e mar.

"Pensei que amasse todas as minhas manias. Mas parece-me que amor já não é mais suficiente para ti."

O sorriso do tormento

"As lembranças vieram em flashes, relembrando-me da minha dor – necessidade, angústia e aflição. Era um mar de desilusão."

Entre sonhos e realidade

"Tornara-me uma viciada, dependendo de cada mínima parte daquele ser irresistivelmente desejável."

Nessa linha tênue entre sonhos e realidade

"Ah! Que vontade de sonhos, de sorrisos, de ser feliz. Que vontade de uma nova realidade..."

E de sobremesa: feminismo

"Tudo parecia caminhar para o fim de encontro ideal. E, então, eles pediram a conta."

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

LF: Tapete vermelho e vestidos divinos

Já que entramos no assunto Oscar 2012, que tal mudarmos apenas o foco? Aqui vai a minha lista dos 7 melhores vestidos da noite.

7. Michelle Williams
Sou meio suspeita para falar, pois acho a Michelle Williams mais do que diva, mas o vestido Louis Vuitton dela era incroyable. Combinou perfeitamente com a atriz.


6. Gwyneth Paltrow
Simples e clean. É isso que, para mim, traduz o vestido de Tom Ford escolhido por Paltrow. Só tenho uma coisa a dizer: roupa linda, modelo errada. Adoro a Gwyneth, mas o vestido não valorizou seu corpo, evidenciando a falta de curvas.


5. Kristen Wiig
Vou confessar que nem sabia quem ela era até a atriz aparecer no Oscar. Mas meu olhar foi, antes de tudo, para seu vestido. O J. Mendel escolhido por Kristen parece ter sido desenhado para uma princesa. Além do mais, eu acho o nude a cor perfeita para quem quer estar elegante, mas não extravagante.


4. Penélope Cruz
Ok, para tudo, Penelope! Linda, linda, linda, mil vezes linda. Usarei os mesmos elogios que usei pra Kristen: princesa, simples e elegante. Esse Giorgio Armani caiu como uma luva nela.


3. Meryl Streep
Só achei esse Lanvin meio exagerado... A Meryl não precisa usar dourado pra já parecer incrível. haha Brincadeira quanto ao exagerado. Vestido perfeito para a mulher mais elegante da noite. Não vi ainda A Dama de Ferro, mas ela com certeza mereceu a estatueta.


2. Natalie Portman
O vestido Dior da Natalie Portman vestiu tão bem na atriz que parecia quase uma extensão dela. Achei finíssimo e sua simplicidade combinou com a naturalidade e tranquilidade com que ela se apresentou ao evento.


1. Angelina Jolie
Ainda preciso comentar? Não só Angelina foi a mulher mais elegante da festa, como também tem uma presença impressionante. E que vestido de tirar o fôlego! Esse Versace me fez pensar, assim que a vi: "se eu fosse lésbica, iria querer casar com essa mulher". A única coisa que me deixou triste foram essas duas varetas nas laterais do corpo dela. Concordo totalmente com o TMZ: Angelia Jolie precisa desesperadamente de um cheeseburger.


Qual foi o preferido de vocês?

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

DC: Meia-Noite em Paris

Oscar, Oscar, Oscar. Era tudo que eu lia ontem nas redes sociais! Não é para menos: o evento foi incrível! Eu mesma sentei no sofá e só me levantava para vibrar no Facebook as vitórias de O Artista. Tentei até apostar com minha amiga quem se sairia melhor: o filme em 3D, Hugo, ou o francês vitorioso da noite... No final das contas, empatamos (tudo bem que, para o Oscar de Melhor Filme, eu deveria ganhar uns cinco pontos)! Além disso, as apresentações foram divinas, o show do Cirque de Soleil me deixou babando e os vestidos das atrizes mais lindas do cinema colocaram meu queixo lá no chão.
Mas com tanto falatório sobre a modernidade de Hugo, Jean Dujardin sendo o primeiro ator francês a ganhar o Oscar de Melhor Ator e todo o resto, a vitória de um filme incrível passou um pouco despercebida.


O filme, Meia-Noite em Paris, que ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original, não poderia merecer categoria mais apropriada. Contando com a incrível atuação de Rachel McAdams e Owen Wilson, o filme é uma verdadeira viagem no tempo:

Gil Pendler (Owen Wilson) é um roteirista hollywoodiano frustrado com sua profissão. Sua maior vontade é entrar no mundo da literatura e morar em Paris. Esse desejo é aflorado quando viaja para a capital francesa com sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e os pais da mulher. Ao contrário do companheiro, porém, Inez ama Hollywood e todos os benefícios que provém de sua posição.

Em uma noite, perambulando pela cidade-luz, Gil encontra um portal para a década que sempre admirou e na qual sonhou ter nascido: os anos 1920. É então que ele conhece célebres artistas da história da França, como Salvador Dalí (Adrien Brody, de O Pianista), Scott (Tom Hiddleston) e Zelda Fitzgerald (Alison Pill, de Confissões de Uma Adolescente em Crise), Gertrude Stein (Kathy Bates, da série Harry's Law) e ainda Hemingway, Henri Matisse e Picasso.

É graças a este último que Gil conhece Adriana (Marion Cotillard), a musa de Picasso, por quem tem uma fantasia romântica e o faz repensar seu noivado com Inez.

O filme é bem divertido, leve, com várias doses de humor, além de citações históricas e um cenário e um figurino tão maravilhosos que te conduzem nessa viagem do tempo juntamente com Gil. E, considerando-se que meus amigos e eu chegamos atrasados no cinema para comprar o ingresso e sentamo-nos na primeira fileira da sala, tendo que quase deitar para assistir a tela, se o filme não valesse realmente à pena, eu não gostaria nem de me lembrar dele...

Minha nota: 10

sábado, 25 de fevereiro de 2012

PS: Ah! Se arrependimento matasse...



Como uma faca no peito, dói a consciência... De pensar em tudo o que poderia ser feito - e não foi.  Sim, sim, feriu também aquela vez que fiz e errei. Mas "pelo menos tentei", posso dizer afinal. De que adianta, pois, a vida, se esperamos sentados a oportunidade cair do céu e não corremos atrás apenas à espera de um sinal? Que sinal? Sinal de quê? Sinal de Deus? Sinal do Universo? Dizendo que já podemos arriscar? Que já podemos sair do casulo que nos separa do real significado da vida? Não quero. Não, não, não, já disse! Prefiro me arriscar, me jogar, me doar. Se machucar, que machuque pelos erros, não pela falta deles! Pois, que é a vida se não feita de agulhas em um palheiro? Depois de tantos erros, bate até a felicidade de ter acertado. A graça mesmo é a euforia de conquistar - a expectativa. Grandes esperanças.
"Em uma palavra, eu fui extremamente covarde para fazer o que sabia ser o certo, e também para evitar fazer o que eu sabia ser errado". Covardia - o terror dos que tentam. Dos que querem. Dos que vivem. Terror meu - de fazer, de conseguir, de ser feliz! Saia de mim, deixe-me arriscar! Nadar, nadarei. Mesmo que no final, praia não haja. Imagine só! Nadar e chegar a lugar nenhuma. Ilha de montanhas que não me deixam subir. Ah! Se arrependimento matasse... Ah! Se não errar também ensinasse... Que se dane. Aprenderei a escalar. Preferes o quê? Imaginar o que poderia ter sido (que tristeza!) ou tentar até morrer?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

LC: Ciclo da Herança

Muitos aqui, provavelmente, já ouviram falar em Eragon. Talvez não no livro em si, mas no filme que foi lançado em 2006, tendo como trilha sonora a música "Keep Holding On" da Avril Lavigne. A maioria deve ter até visto o filme (que, em minha opinião, foi bem fraquinho). Mas será que vocês sabiam da existência do livro? Ou melhor... Da saga?




* Para quem gosta de ler em inglês, o preço é até mais em conta - Livraria Saraiva.
Logo abaixo da descrição, tem "aproveite e compre junto". Você pode comprar todos os três em inglês por apenas R$56,40! Quase o preço de um em português.

Muitos devem estar se perguntando: "depois daquele filme fraquinho, o que esse livro pode me oferecer?" Bem... Se você é um bom conhecedor de livros, sabe que adaptações cinematográficas quase nunca são referências para a leitura. A maioria não consegue captar a essência real da história, nem filmar cenas importantes, muito menos seguir fielmente tudo o que o livro descreve! E com Eragon tudo isso é dez vezes pior.


Vamos à resenha, então!

Eragon costumava ser apenas o sobrinho de um fazendeiro. Morava em Carvahall com seu tio Garrow e seu primo Roran, era o único a conseguir entrar na Espinha, uma cordilheira que percorre quase toda a Alagaësia (e sair de lá vivo), e ia para a cidade ouvir as histórias de Brom sobre a época em que os Cavaleiros de Dragões lideravam sua terra e não tinham sido traído pelo rei Galbatorix. Tudo isso muda, porém, quando ele encontra uma pedra azul polida nas montanhas enquanto caçava e a leva para casa para tentar vender e comprar carne para sua família.

Quando a pedra quebra e ele descobre que ela não era nada mais nada menos que um ovo de dragão, Eragon começa a entender que havia muito mais no mundo afora que sua pequena vila. Ele agora fazia parte das histórias que o contador de histórias sempre lhe contava!


Nasce, então, Saphira. E apesar de não saber o que fazer, a amizade entre Cavaleiro e dragão cresce tão rapidamente que se torna impossível para Eragon cogitar a ideia de deixá-la. O que o pequeno fazendeiro não percebe, porém, é que a existência de um novo Cavaleiro, após tantos anos, ameaça o reinado de Galbatorix - e é claro que alguém, alguma hora, irá atrás dele.


Quando os Ra'zac (criaturas estranhas e misteriosas que servem ao rei) aparecem em Carvahall e matam seu tio, Eragon decide se vingar. Juntamente com Brom, o contador de histórias, ele vai à caça dos seres e sai de seu mundinho ao norte de Alagaësia e começa a conhecer toda a terra que antes jamais imaginara ver. Vai aprender, também, tudo sobre a época em que os Cavaleiros eram vivos, a lutar, praticar magia e se tornar um real Cavaleiro de Dragão. Mas, principalmente, precisará fazer uma escolha: vai se juntar aos Varden, os rebeldes que estão contra o rei, ou aliará-se a Galbatorix, eliminando quaisquer chances de um dia a terra em que nasceu ser libertada?


A escrita de Paolini é, ao mesmo tempo, simples e singular. É impossível não viajar para dentro da Alagaësia (principalmente, porque no início do livro há um mapa da terra, com o qual podemos nos situar conforme lemos) com Eragon e Brom. As descrições da história são muito bem feitas, os personagens são maravilhosos e as emoções estão sempre à flor da pele.

Nem preciso falar mais nada, não é?

Minha nota: 10

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

ES: Awkward.

Com a semana de carnaval acabando, os bons blocos (ou saídas mais legais) também vão ficando para trás. Tem sempre aquele amigo que já começou a trabalhar, aquele outro que está de volta ao estágio ou ainda aquele que deixou todos os deveres para depois da quarta-feira de cinzas (eu).
Ou seja, fim de carnaval, para muitos, significa tédio total.
Qual é a solução, então? Seriados!


Awkward. é um seriado juvenil da MTV que, sim, tem personagens muito awkwards (estranhos) e muito, mas MUITO engraçados. O melhor de tudo? Sua primeira e única temporada tem apenas 12 episódios, perfeito para quem tem poucos dias antes de voltar à rotina de escola/faculdade/trabalho. O único problema é que você vai ficar querendo mais!

A série tem como foco a jovem Jenna Hamilton, aquela "loser" que toda escola americana tem. Após receber uma carta anônima, confrontando-a, Jenna sofre um acidente em seu banheiro e termina... Assim!
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Os únicos problemas são:
1) Seu acidente ocorre após a garota engasgar com um remédio para dor de cabeça, os compridos inteiros caírem no chão e ela tropeçar, batendo o braço na banheira.
2) Jenna escrevia em seu blog-diário logo antes do acidente e ela acabara de escrever: "às vezes, ser uma adolescente te faz querer morrer".

O que significa que todo mundo pensa que ela estava tentando se matar!
É claro que, com um braço engessado dessa maneira, Jenna é notada por toda a escola (ainda mais com o motivo para o acidente que todos pensavam). Ao invés de entrar em depressão, porém, a garota tenta dar a volta por cima e mudar seu status de loser para popular.

Contando com a atuação incrível de Ashley Rickards (Sam de One Tree Hill), a série também tem outros atores pelos quais você vai se apaixonar: Beau Mirchoff como Matty McKibben (McDreamy), o popular por quem Jenna é apaixonada; Jillian Rose Reed e Jessica Lu como Tamara e Ming, as melhores amigas da protagonista; Desi Lydic, a psicóloga louca e super divertida; Molly Tarlov, a "Queen Biotch" da série; Brett Davern, melhor amigo de Matty, que se encanta por Jenna... E por aí vai, com mais uma longa lista de atores sensacionais e muito engraçados.

A série, por enquanto, aguarda o lançamento da segunda temporada, que deve acontecer em junho/julho (já tem o que fazer nas férias!).

Aqui vão dois trailers super legais da série para que não haja dúvidas: todo mundo tem que correr para assistir!








Abaixo estão os links dos downloads. Infelizmente, o site de onde baixo séries (Séries Líder) ainda não recuperou os links de Awkward., portanto, tive que procurar na internet outro local. Encontrei links ativos no Baixar Seriados e no Séries Free e estou baixando um por um para verificar se estão corretos. Caso haja algum erro, corrigirei aqui.



DOWNLOAD
1x01 - Pilot
1x05 - Jenna Lives
1x10 - No Doubt

E bom fim de carnaval!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

AP: Joyce Jonathan

Uma voz doce, um violão e músicas encantadoras.
Não sabe quem é? Pois deveria!

A cantora francesa, Joyce Jonathan, tem apenas 22 anos, mas, graças a seu talento, já conquistou, no ano passado, o título de revelação francesa do ano, no NRJ Music Awards. Além disso, seu álbum se tornou Disco de Ouro apenas cinco meses após o lançamento.
Muito antes disso, porém, ela já se dedicava ao mundo da música.
Aos 7 anos, ela aprendeu a tocar piano e criou sua primeira canção. E os esforços continuaram até que a cantora postasse suas músicas no MySpace, com 16 anos, e tentasse contactar o co-fundador de sua atual gravadora para que ouvisse as suas composições.
Joyce talvez nunca imaginasse o que iria conseguir, mas com uma voz como a dela que gravadora não se interessaria?
A My Major Company lançou a cantora francesa aos 18 anos em seu site e seu álbum foi produzido no estúdio do famoso guitarrista da banda Téléphone, Louis Bertignac, que concordara em trabalhar com ela nos arranjos.

Vamos terminar de blá blá blá, então, e ir ao que interessa?


Se você é fã de Gossip Girl provavelmente reconheceu essa voz. A música L'heure Avait Sonné foi trilha do primeiro episódio da quarta temporada do seriado.

Eis outras músicas da cantora para se apaixonar...


Joyce Jonathan - Je Ne Sais Pas
Joyce Jonathan - Tant Pis
Joyce Jonathan ft. Tété - Sur Mes Gardes


MySpace | Site Oficial | YouTube

domingo, 19 de fevereiro de 2012

LF: Região dos Lagos

Nova tag no ar!
Tive essa ideia vendo milhares de "Look do dia" em blogs. Só que no caso do Trevo de Ouro, a tag está mais para "Fotos da Semana".
As fotografias abaixo foram tiradas essa semana, na minha viagem para Cabo Frio. Fui para as praias lindas do Foguete, do Forte e das Conchas na cidade e para a praia do Forno, em Arraial do Cabo.


Praia do Forte - Cabo Frio 




 Praia das Conchas - Cabo Frio



Praia do Foguete - Cabo Frio  






(Perceberam a tática do chapéu para esconder a barriga? UAHUA) 




(Mamãe linda!) 




Praia do Forno - Arraial do Cabo 





(Meu primo lindo. Ele não é incrível, gente? Parece um mini modelo.) 


(Sorriso fail)

DC: O Artista

Que tal uma dica cinematográfica?

Filme: O Artista (The Artist)
Elenco: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, John Goodman, James Cromwell, Penelope Ann Miller, Missi Pyle, Beth Grant, Ed Lauter, Joel Murray, Bitsie Tulloch.
Direção: Michel Hazanavicius
Gênero: Drama, Romance, Comédia.
Duração: 100 min.
Distribuidora: Paris Filmes
Estreia: 10 de fevereiro de 2012


Informações tiradas do site CinePop.



Em pleno século XXI, o filme O Artista choca. Não de maneira ruim - um choque deliciosamente espetacular: é um filme mudo e, é claro, em preto e branco.
A história se passa em Hollywood de 1927 e conta a história da decadência do astro de filmes mudos, George Valentin, devido ao aparecimento do cinema falado e o nascimento de sua paixão pela atriz Peppy Miller, que está em uma carreira de crescente sucesso graças justamente ao motivo que acaba com a carreira de Valentin.


Com uma fotografia esplêndida, caixas de textos para as falas e expressões e ações bem definidas e exageradas, o filme mostra a história do próprio cinema, não se esquecendo de mencionar a Grande Depressão, em 1929, e o surgimento de novas técnicas de  captação. Além disso, em certos momentos da "película", a metalinguagem é tão bem retratada que maravilha o público. No sonho de Valentin, por exemplo, o filme deixa de ser totalmente mudo e ouve-se os sons do copo batendo na cômoda, da porta batendo, das mulheres rindo, da pena caindo. Tudo isso para mostrar o medo do astro, sem necessidade de fala alguma. O Artista nos faz apreciar a gesticulação como nunca e ver que, nem sempre, é preciso falar para ser entendido.


O filme já está no cinema e, para quem gostou da resenha, assistam ao trailer:


Minha nota: 10

domingo, 5 de fevereiro de 2012

PS: Incompreensível personalidade


Não entendo: essa necessidade de você. Ou você. Ou você. Qualquer um que preencha esse vazio. Que vazio? Esse desespero por amor. Amor que não dôo. Carinho que desconheço.
Não entendo: essa frieza, facilidade de desapego. Paixão pelo impossível. Vontade de sofrer. Masoquismo: despedaçar meu coração com minhas próprias mãos. Sou uma caçadora – à procura da presa mais fácil para me magoar.
Não entendo: essa incapacidade de mudar, essa vontade de gostar. Medo medo medo, vá embora. Deixe-me viver. Sofrer na hora certa. Amar a pessoa certa.
Não quero: essa vida, esse coração, esse mundo; terrível indisposição.
Socorra-me. Acorda-me desse pesadelo. Quem procuro, já descobri: salvador da pátria e de minha alma, só me falta te encontrar.

CH: Nostalgia


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Olfato aguçado pelo aroma do cappuccino. Aprazível. Delicioso. Sensual. Sentia o líquido ardente rasgar-lhe a garganta. A cafeína emaranhava em seu corpo, quase unindo-se ao sangue. Parte de si.
Lembranças. Tortura. Era isso que era. Era isso que sempre seria. Artifício traiçoeiro que lhe remetia as mais dolorosas recordações. Aquele era o preferido dele. Chocolate, caramelo, chantilly. Costumava dizer que nada era melhor para aumentar a libido. Ela ria. Era apaixonada por sua mania de sempre conectar substâncias quaisquer ao sexo. Pela manhã, recebia-lhe com uma caneca fumegante da bebida preta, símbolo de seu amor por ela.
Agora tudo era saudade. Odiava o saudosismo exagerado, mas desde que ele se fora era quase inevitável. E bebia café. E recordava. E chorava. E dormia. Hábitos malditos forçavam-na a permanecer no passado. Quando o “nós” ainda os definia.
Chamou o garçom.
— Mais um copo de nostalgia, por favor.

PS: Sonho vs. Realidade


Para aqueles que a vida não consegue tratar bem, sonhar é como um refúgio, um lugar para ter seus desejos realizados, ainda que sejam impossíveis. Quando se fecha os olhos, a esperança cresce e a ansiedade por vida, por experiências, mesmo que irreais, é quase sufocante.
Sonhos são sempre tratados como algo bom, como a luz em meio à escuridão. Mas a verdade é que nem sempre essas fantasias vêm para o nosso bem. E não digo pesadelos, mas sonhos mesmo, aqueles sorridentes, cheios de amor, fogos de artifícios e corações palpitantes. Porque, no fim das contas, muitos deles só conseguem nos colocar para baixo. Tristes porque acordamos. Tristes porque não é verdadeiro. Aflitos por uma nova rodada de esperança.
Esquecemos que a vida é aquela que começa quando nossos olhos se abrem. Que os sonhos são levados embora, com apenas um sopro de realidade. Mas as lembranças de verdade ficam. Marcam. São como tatuagens – uma vez feitas, são quase impossíveis de remover. Podemos deixá-la se apagar aos poucos, mas ela não sumirá totalmente. Podemos cobri-la com uma nova, mas ela estará sempre lá. Esperando ser notada.
E quando nossa vida é baseada em sonhos, não há o que se recordar. Não há nada para se sentir orgulhoso de, ou se arrepender e nunca mais repetir. O tique-taque do relógio não nos deixa voltar atrás para recuperar esse tempo perdido. O melhor a se fazer, então, é acordar agora e deixar os sonhos para nos motivar – e não nos depreciar.

LC: As Brumas de Avalon


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Adaptação cinematográfica do livro.
  • Editora: Imago
  • Autor: Marion Zimmer Bradley
  • Ano: 1979
  • Volumes: 4: A Senhora do Lago, A Grande Rainha, O Gamo-Rei e O Prisioneiro da Árvore
  • Onde comprar: Submarino (aproveitem que está em promoção!) ou Livraria Saraiva
Se você gosta de livros sobre magia, História, religião, guerras e romance, a série As Brumas de Avalon é a pedida certa! Eu nunca ouvira falar antes dessa história e só a comprei porque a saga estava em promoção. Demorei até um pouco para iniciar a leitura, mas uma vez que comecei não parei mais!
Escrita por Marion Zimmer Bradley, As Brumas de Avalon é composta por quatro livros: A Senhora da MagiaA Grande RainhaO Gamo-Rei e O Prisioneiro da Árvore. Em todos eles, você encontrará a lenda do Rei Arthur contada através de perspectivas femininas!
A Senhora da Magia inicia-se antes mesmo do nascimento de Arthur. É contada, principalmente, o desenrolar da vida de sua mãe, Igraine, seu casamento descontente com Corlois, o Duque da Cornualha, a ascensão de Uther ao trono da Bretanha e o amor da mulher pelo mesmo. Também encontramos a presença do Merlim da Bretanha, de Viviane, a Senhora do Lago e irmã de Igraine, Morgause, também tia de Arthur, e Morgana, a irmã do futuro rei e também mais importante personagem da saga.
É interesse ler ao longo dos livros as opiniões opostas do povo antigo, das sacerdotisas e druidas de Avalon com seu amor pela Deusa, e dos cristãos, das tentativas de repreensão dos padres à quaisquer outras religiões. Há muitos debates entre Bispo e Merlim, assim como de Gwenhwyfar (Guinevere), mulher de Arthur, contra Morgana, que é sacerdotisa de Avalon e futura Senhora do Lago.
Além disso, o principal ponto de vista é da irmã de Arthur, que apesar de ser a escolhida da Deusa, sofre com dúvidas e inseguranças tão femininas quanto possível. Temos sua paixão pelo primo, Galahad, também conhecido como Lancelote, o filho que ela passa a carregar e não quer ter, sua inveja pela profunda beleza do amor de Lance.
O livro é incrível e eu realmente aconselho a todos a lerem!
Minha nota: 9 – apesar de maravilhoso, demoramos um pouco a “engrenar” e tem cenas que cansam e dá vontade de correr para chegar nas partes mais legais.

PS: Razão de uma vida


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Sob o céu estrelado dessa madrugada fria
Lembro-te. Amo-te. Sinto-me nostálgico.
Ouço uma linda melodia
Enquanto nossa história versifico.
Há algum tempo recaíram meus olhos em você
E impossivelmente vieram minhas razões de viver
Como um grito. Agudo o suficiente para me ensurdecer
E só restar você. Meu incrível amanhecer.
Na tua ausência, escureço
Na tua presença, floresço
E se te beijo, desfaleço
Mas se te vejo sofrer
Com minha felicidade presentearia-te
E enclausuraria-me para mais uma vez teu sorriso ver

PS: O lado bom da vida


Por toda minha vida, sempre que eu estava para baixo, alguém vinha com a famosa frase “veja o lado bom disso”. Nunca aceitei esse lado bom; achava que era a maior besteira, que as pessoas só costumavam me dizer aquilo para levantar meu astral (coisa que, como vocês devem imaginar, não acontecia) e que não era possível haver um lado bom quando uma coisa tão ruim estava acontecendo.
Conforme fui crescendo, aprendi a ver o mundo de uma maneira diferente. Passei por uma situação extremamente complicada e triste em minha vida e fui desestimulada totalmente em acreditar que existisse um lado bom – qualquer que fosse – na vida.
Eu costumo comparar esse período como um mergulho. Eu afundei nas águas de uma piscina, indo cada vez mais fundo, só vendo parede ao meu redor, exceto na superfície, onde outras pessoas conseguiam se divertir sem preocupações. Aquela, porém, era quase uma outra vida, um outro mundo. Uma visão embaçada. Foi quando atingi o fundo, no entanto, que percebi que só sairia dali se fosse em direção àquela superfície tão, aparentemente, distante.
Voltar à superfície foi o modo que minha mente encontrou de parar de se fechar tanto para aquela situação e clarear, se redescobrir. Aos poucos, o medo foi passando e o lado bom – sim, ele mesmo! – de tudo o que acontecera comigo finalmente se fez presente. Ou, pelo menos, visível. E é aí que começam as suposições.
Se eu não tivesse passado por tudo aquilo, eu nunca teria amadurecido tanto. Poderia ter me misturado com certas pessoas que na época eu “admirava” e me tornado fútil e completamente oca. Se eu não tivesse sofrido tudo o que sofri, nunca teria aprendido a me livrar dos meus sentimentos com a escrita. Poderia ter esquecido esse meu talento, o deixado de lado para sair, beber e não me preocupar com os estudos.
Em vez disso tudo, relembrei de minha maior paixão, me agarrei aos meus livros, conheci visões e conceitos diferentes de vida e aprendi a pensar por mim mesma, sem me deixar levar pelo que os outros acham.
Posso não ter conseguido chegar totalmente à superfície ainda, mas, com certeza, já aprendi o suficiente para entender que tudo na vida acaba levando a um propósito, seja ele bom, seja ele ruim. Porque, no final das contas, todos os acontecimentos são um aprendizado. E pode até ser que você não veja isso agora, mas, no futuro, quando chegar à sua superfície, vai piscar os olhos e ver tudo o que, debaixo d’água, sua mente te impediu de enxergar.